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Dica da Semana: Filme O Pastor e o Guerrilheiro por ocasião dos 50 anos de Guerrilha do Araguaia

Atualizado: 12 de abr. de 2023


O Pastor e o Guerrilheiro é um filme produzido por Nilson Rodrigues, o co-roteirista e argumentista do filme, e dirigido por José Eduardo Belmonte, que dirigiu Os Carcereiros (2019) e Alemão (2014). José Genoíno ajudou a orientar os atores que representaram guerrilheiros na floresta. Segundo Nilson Rodrigues, é um filme que surge inspirado nos relatos de fatos reais do livro Araguaia – Relato de um Guerrilheiro escrito por Glênio Sá e publicado em 1990. O texto relata a vida de Glênio, nascido no Rio Grande do Norte, que, como guerrilheiro, militante comunista e deputado federal pelo PCdoB, foi preso e torturado pelo exército da Ditadura Militar. O filme é uma ficção real, como diz Genoíno, sobre a experiência de um guerrilheiro (Glênio), que junto a Genuíno, combateu a Ditadura, na região do Araguaia. O filme se passa em três momentos: na década de 60, quando Glênio ainda era estudante e vai para a Guerrilha do Araguaia; em 73, período da virada do milênio e momento em que Glênio foi preso e torturado em Brasília e, na prisão, ele se encontra com um evangélico encarcerado por engano, também é quando o filme introduz outra personagem, a filha ilegítima de um coronel da ditadura, uma estudante que militava em Brasília, morava com a vó e queria saber sobre o próprio pai que deixa uma herança para ela, após a morte; e em 2000, momento no qual o evangélico que foi preso tornou-se pastor pentecostal tradicional da periferia e vive o embate com o filho que quer seguir o caminho do neopentecostalismo: buscar os meios de comunicação de massa, ampliar a igreja. O pai não aceita isso. Rodrigues aponta ainda que o filme é uma narrativa não linear, porque vai e volta, a partir da filha ilegítima do coronel que encontra um livro de memórias, descobre que o pai foi um dos torturadores e vai em busca do que aconteceu com Glênio Sá. Conta o passado da Ditadura, fala sobre a virada do milênio e o movimento do pentecostalismo. Antes do lançamento nos cinemas, o filme fez um circuito de divulgação em São Paulo, no Festival Internacional do Rio de Janeiro e Nova York. Já foi debatido e elogiado pela crítica, embora não tenha ganhado o Festival de Gramado-RS.


Texto: Adaptado por Renato Carvalho de Oliveira

Fonte: Comentário de Nilson Rodrigues sobre o filme O Pastor e o Guerrilheiro


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